Evolução de perfil dos empreendimentos imobiliários na cidade de São Paulo

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Evolução de perfil dos empreendimentos imobiliários na cidade de São Paulo

As decisões de investimento no setor imobiliário são complexas e envolvem muitas variáveis. Vamos imaginar que somos donos de uma construtora que está em busca de um terreno para construir um novo empreendimento na cidade de São Paulo. A nossa construtora quer atrair como clientes famílias de classe média, com até 3 pessoas. E para tentar driblar o alto custo da terra em uma cidade tão cara como São Paulo, vamos construir 20 andares, com 6 apartamentos por andar.

Como definir a melhor região para construção desse empreendimento? Onde atrairemos o maior número de compradores potenciais? De que maneira definimos as características do edifício, como o número de dormitórios e banheiros? Será que as novas leis urbanas, como o Plano Diretor Estratégico, afetarão as nossas decisões sobre localização e quantidade de vagas de garagem?

A inteligência geográfica incorpora técnicas capazes de responder esses questionamentos. Com ela conseguimos prever até mesmo qual quarteirão atrairá o maior número de compradores com o perfil desejado. Esse instrumental incorpora modelos geoestatísticos de inferência com alta eficiência para antecipação de oportunidades de negócio, como mudanças no perfil dos compradores.

A análise de dados no contexto geográfico pode fornecer informações que vão muito além da concentração de empreendimentos com determinadas características. Você já parou para pensar qual foi a construtora que se antecipou ao forte movimento de mercado de aumento no número de unidades por andar? Os mapas abaixo ilustram essa mudança.

Essa tendência de construção de mais apartamentos por andar começou na década de 90, passando de uma média de 22 lançamentos por ano, para 169 nos últimos anos. Esse movimento permitiu às construtoras:

  1. repassar parte da redução do custo da terra, dado o maior coeficiente de aproveitamento, reduzindo o preço por unidade e garantindo o sucesso nas vendas, e
  2. obter maior lucratividade no empreendimento.

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Será que nos resta dúvidas que as pioneiras nesse movimento de mercado tiveram maior retorno que suas concorrentes?

O setor imobiliário brasileiro amadureceu muito desde o boom de oferta de crédito iniciado em 2006. No cenário adverso que o setor está vivenciando a estratégia competitiva se tornou um diferencial fundamental para as construtoras. E a inteligência geográfica pode evidenciar idiossincrasias e relacionamentos dos principais indicadores de gestão, trazendo à tona uma percepção mais precisa da relação entre desempenho e risco, melhorando a performance.

 

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