Os códigos e práticas de governança corporativa recomendam que os conselhos de administração tenham sempre a presença de conselheiros independentes. No Brasil, a Lei das S.A. também sempre reforçou essa prática. Um dos principais benefícios de ter um conselheiro independente é assegurar que o conselho não seja apenas uma extensão dos acionistas controladores, mas que também possa dar voz aos acionistas minoritários.
Segundo o IBGC, o conselheiro independente caracteriza-se por:
Tendo o conselheiro independente essas características, então uma das suas principais funções é proporcionar um monitoramento com olhar externo à empresa. Um acompanhamento de alguém que seja o mais externo possível à organização. Isso pode ajudar o conselho a cumprir sua função de acompanhamento e avaliação das atividades realizadas pelos gestores e traçar as estratégias de longo prazo da empresa.
Embora o conselheiro independente seja importante para efetividade do conselho de administração, outros fatores também afetam o desempenho do conselho. Aspectos como o processo de escolha e mandato dos conselheiros também são importantes para o seu bom desempenho. Conselhos com pouca diversidade e com mandatos longos tendem a ser menos efetivos. Além disso, todos os conselheiros, mesmos aqueles que não sejam independentes, possuem deveres estabelecidos em lei e normas que regulam sua atuação. Portanto, todos os conselheiros têm a responsabilidade de zelar pela companhia.
Autor: Joelson Sampaio
Fonte: Valor Investe – Colunas do Nefin